Os novos caminhos de Nanda Costa

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Com três novelas no currículo e prêmios no cinema, protagonista de ‘Salve Jorge’ diz não ligar para críticas à sua atuação na trama, o que lhe rendeu o apelido maldoso 'Nada consta'

'Ser chamada de musa da classe C, pra mim, é incrível', diz a atriz Foto: Leonardo Aversa/ Agência O Globo


'Ser chamada de musa da classe C, pra mim, é incrível', diz a atrizLEONARDO AVERSA/ AGÊNCIA O GLOBO
RIO - O luto das viúvas de “Avenida Brasil” pode estar perto do fim com a chegada de Morena (Nanda Costa) à Turquia, como mais uma vítima do tráfico internacional de mulheres. Depois de assistir aos embates entre Carminha (Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella) na trama anterior, o público tem agora em “Salve Jorge” a união Morena + Jéssica (Carolina Dieckmann) contra a quadrilha do mal. Essa é a aposta para a grande decolagem da novela de Glória Perez, autora de sucessos como “O clone” (2001) e “Caminho das Índias” (2009).
E é nesse cenário que a estrela da protagonista — premiada no Festival do Rio por “Sonhos roubados”, de Sandra Werneck (2009), e no Festival de Paulínia por “Febre do rato”, de Cláudio Assis (2011) — pretende brilhar, a despeito de ter também em seu currículo outras três novelas, todas elas na Globo.
Enquanto estava apenas no pacificado Alemão, Nanda, sempre confundida com as nativas, sentiu na pele a distância social que ainda separa o morro do asfalto. Glória foi questionada pela crítica por tê-la escolhido como protagonista da novela. Mas a antimocinha do horário nobre acabou transformando-se na “musa da classe C”, o sonho alcançável do taxista, porteiro, bancário e operário da construção civil. E ela própria reconhece:
— Ser chamada de musa da classe C, pra mim, é incrível, significa que estou fazendo um trabalho digno. Eu quero interpretar personagens de todas as classes.
Como chegou literalmente batendo nos bandidos (nesta semana ela deu uma surra em Wanda, personagem de Totia Meirelles), logo, logo Morena pode virar heroína nacional, como todo justiceiro de quadrilhas.
Fernanda Costa Campos Cotote, 26 anos, virou a Nanda Costa. Para os íntimos, continua Fernanda. Agora é Morena. Como administrar tantas personagens?
— Nanda Costa precisa ser conduzida pela Fernanda, que tem um cuidado com a exposição da Nanda, para não desgastar a imagem dela. Para as pessoas assistirem à Morena e não verem a Nanda Costa antes disso. Não quero que as pessoas liguem a TV para assistir à Nanda, e sim para ver Morena. Quero que se interessem pela Nanda, pelo conjunto de trabalhos. Mas muita gente não vai saber quem é a Fernanda, porque tenho a minha vida particular e as minhas intimidades, como acredito que todo mundo tem que ter.
Apelido maldoso
A confusão de personagens das suas três novelas anteriores parece ter servido mais para macular a imagem da atriz do que para consagrá-la na TV:
— Como priorizo sempre a imagem das minhas personagens, quero que elas apareçam mais, as pessoas tendem a colar a personalidade das personagens à minha personalidade. Meus trabalhos na TV, fora Dolores Duran (em “Por toda a minha vida”, de 2008), em “Viver a vida” (2009), “Cobras & lagartos” (2006) e “Cordel encantado” (2011), tinham personalidade duvidosa, um mau-caratismo, eram interesseiras. Como eu não apareço tanto, isso é muito colado à minha imagem de uma certa maneira. Quando as pessoas conhecem meu jeito mais aberto, brincalhão, comunicativo, elas costumam quebrar a impressão que tinham num primeiro momento.
A atriz está se referindo especificamente ao apelido infame, como todo trocadilho, de Nada Consta, que saltou das mídias sociais para os corredores do Projac.
— O Nada Consta surgiu num primeiro momento que as pessoas se perguntavam: “Quem é Nanda Costa?” “Será que ela vai dar conta de ser protagonista das nove?”, “Ih, ela tem cara de antipática”. Muitas pessoas que não conhecem meu trabalho no cinema, por preconceito, tiraram uma conclusão precipitada. Eu acho ótimo que as pessoas tenham opinião. Acho incrível. Não acho que tenho que ser unanimidade. Tem que ter gente que não gosta para debater com quem gosta. Quando agrada a todo mundo alguma coisa também deve estar meio errada, porque nem todo mundo gosta de Chico Buarque (risos).
O apelido incomoda?
— Ninguém taca pedra numa árvore que não produz fruto. Se eu estou produzindo, é normal que joguem pedra mesmo, e estou aqui para dar a cara a tapa. O Nada Consta não me incomoda em absoluto. Eu até brinco com isso. Pela frente ninguém tem me chamado assim. Não sei se tem pelas costas (risos). Apareceu na mídia num momento em que falavam “não dá mais para questionar o trabalho da Nanda porque ela está fazendo direitinho”, e o Nada Consta então seria porque, quando desligavam as câmeras, eu ficava na minha, não falava com ninguém, o que não é verdade. Como eu não sinto rejeição na equipe, nem valido essa crítica. É nota falsa, nem faz sentido.
A própria colega de infortúnio na novela, na qual vive Jéssica, também já sofreu na vida real da mesma fama. Depois, os críticos reviram sua opinião — ela entrou na novela marcada para morrer logo nos primeiros capítulos e, agora, corre o risco de ficar até o fim. Já houve novelas em que Carolina Dieckmann teve de morrer antes da hora. O destino de um ator numa novela depende de autor, diretor, até maquiador, figurinista e iluminador. Se algum integrante dessa orquestra desafina, muitas vezes sobra para o ator. E é Carolina que fala da experiência de estar pela segunda vez contracenando com Nanda. A primeira foi em “Cobras & lagartos”.
— Conheci a Nanda ainda menina de Paraty (onde ela nasceu). Sorriso largo, sincero, brejeira e violentamente doce. Papo bom, intenso, na real. Alegria e melancolia, junto e misturado! A Nanda que conheci permanece conscientemente imutável, como se o tempo não fosse capaz de estragar um centímetro da sua exuberância... A teórica e a física, intactas! Como é bom ver Nanda explodindo seu talento, sem economia e todo santo dia. Viva Nanda!


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Fonte: o globo
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